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21 de abr. de 2011

O que há de fascinante no Fluminense?

Foto: Agência Photocâmera
Por Carlos Pinho

Nunca deixe de ver um jogo do Fluminense até o fim. Eu recomendo. O tricolor carioca notabilizou-se em surpreender a todos em partidas decisivas. Desafia todos os prognósticos. Os guerreiros das Laranjeiras possuem o hábito incomum de superar o que, para muitos, é impossível. Ademais, esse clube tem um conchavo com o impondevárel, é amigo da sorte e primo de primeiro grau do sobrenatural de Almeida. Os matemáticos já desistiram – Os números não combinam com eles, muitos devem estar dizendo.

Ontem, novamente, suspeitei da capacidade do Fluminense. E caí do cavalo. Jogando na Argentina, contra o Argentino Jrs. – com quem empatara em casa – e contra si – pouco antes da partida, Emerson foi afastado do elenco por causa de uma suposta discussão com o presidente Peter Siemsen. Além disso, precisa vencer e torcer por uma vitória do América do México sobre o Nacional do Uruguai, em Montevidéu. Em caso de empate, os comandados de Enderson Moreira teriam de ganhar por, no mínimo, dois gols de diferença. Difícil? Fred, Conca e cia. mostraram que o destino é construído a cada segundo.

Quando o lateral-esquerdo Júlio César abriu o placar, no começo do jogo, parecia que a tarefa seria simples. Só que a pressão era grande e Gum fez pênalti. Resultado: Salcedo iguala o marcador. Mas ainda tinha muita água pra passar debaixo da ponte e aguardei. Foi quando, numa falta de muito longe, Fred mandou a bomba e, contando com a falha do goleiro, manteve acesa a esperança. Com o empate no Uruguai, bastava fazer mais um.

Começava o segundo tempo na Argentina e, logo no começo, água no chopp tricolor: Oberman empata, num chute que desviou em Valência antes de balançar as redes. Apesar dos pesares, o Fluminense era mais time e mostrava em campo. Perdia gols, mas dominava. Esse domínio foi premiado com o gol de Rafael Moura, aproveitando o rebote da cabeçada redentora de Valência.

O América suava sangue pra empatar com o Nacional, que era só ataque. O Fluminense precisava de mais um gol. E conseguiu, com Fred, convertendo o pênalti, ao apagar das luzes dos 42 da etapa final.

Esse é um time com tradição de superação. Nos campeonatos estaduais de 1983 e 1984, Assis decidiu contra o Flamengo nos últimos minutos. Em 1995, Renato Gaúcho, de barriga, na final do Carioca, desbancou o favoritismo rubro-negro, Romário e a festa do centenário adversário. Saiu da ruína de cair para a terceira divisão. Sem contar as façanhas contra São Paulo e Boca Juniors na Libertadores de 2008, a arrancada contra o rebaixamento no Brasileirão de 2009 e o título nacional de 2010.

Depois de tudo isso, termino esse meu artigo com o alerta que iniciou-o: nunca deixe de ver um jogo do Fluminense até o fim, sob o risco de perder fortes emoções – ingrediente sedutor nesse esporte encantador chamado futebol. 
Visite também o blog "A Notícia no Divã":  

http://anoticianodiva.blogspot.com/

Tenha um ótimo feriadão!

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